terça-feira, 11 de dezembro de 2012

CUQUEIROS - EPISÓDIO 1

Uma nova história está a começar...

Começamos na passada segunda-feira, dia 3 de Dezembro de 2012 aquilo que se espera venha a ser uma tradição. E não podia ser uma melhor tradição, já que engloba alguns dos maiores prazeres que posso ter, jogar ténis, comer, beber e estar com amigos. Conseguem encontrar muito melhor?
Para este inicio coube me a mim a honra de trazer as bebidas para acompanhar as comidas que o Chef Paixão do Restaurante Tia Maria, bem ao lado do Clube de Ténis de Luanda e do estádio dos coqueiros teve a amabilidade de preparar.
As hostilidades foram abertas de forma a honrar o nome do grupo, que por motivos óbvios se batizaram de CUQUEIROS.
Depois da necessária Cuca chegou uma prima da Bélgica, com o nome algo pomposo de Bourgogne de Flandres mas a verdade é que impressionou e agradou. Pessoalmente achei que o aroma indiciava uma cerveja com mais corpo, mas a verdade é que ela é ligeira e com acidez bem vibrante. A explicação encontrei-a no baixo teor alcoólico, uns banais 5%. Os tradicionais aromas a malte e a café neste tipo de cerveja escura eram notórios.
As entradas, camarão ao alho, que estava bem e uma espécie de tempura de chocos, que estava um pouco frita demais e a polme deveria ser mais leve serviram para dar lastro aos dois brancos que se seguiram, o Encruzado da Quinta dos Roques e o Paul Blanck Wineck-Schlossberg Riesling, ambos de 2001. Pena foi que o segundo a ser servido, o Riesling, já não tivesse o prato com que melhor ligaria por um glutão se ter agarrado aos camarões como se não houvesse amanhã. Foi também curioso para mim, ter verificado que num país onde a grande maioria prefere doçura, ter neste grupo encontrado o contrário e uma grande resistência a apreciar devidamente este vinho de que gosto imenso. Saiu-se melhor o Encruzado, apreciado pela generalidade dos presentes e que com 11 anos estará de fato no seu melhor.
Para acompanhar umas boas costeletas de borrego tivemos igualmente dois tintos e também aqui o preferido foi o menos doce e mais elegante vinho do Dão, o Quinta da Ponte Pedrinha Reserva 2004 a levar a melhor ao imponente vinho de Toro, o Almirez 2009, uma autêntica bomba de fruta preta. Demasiado para o bichinho de lã.
Para a sobremesa e na ausência de um doce apropriado, fomos para a fruta variada a acompanhar um Vinho do Porto Branco da Quinta de Santa Eufêmia com 10 anos. Um estilo de vinho ainda pouco conhecido pela generalidade dos consumidores mas que apresenta algumas vantagens perante os tradicionais Tawny's feitos com vinho tinto, em particular, uma maior acidez que lhe permite acompanhar melhor algumas sobremesas. Não me pareceu que tenha sido dos mais apreciados, mas eu prometo voltar à carga, depois de algumas sessões, com outros vinhos do género, mas para melhor...
Acabo com a lista dos presentes neste repasto e dos famigerados resultados do ténis:
Rasoilo, Roberto, Raymond, Nélson e Hildérico.

Resultados:
Nélson vs Rubin : 6-4 e 7-5
Rasoilo e Roberto vs Hildérico e Raymond : 6-3 e 6-4

Brevemente, um novo episódio será aqui exibido...
Hildérico Coutinho