sábado, 11 de junho de 2011

Ivy League - Dia 7 --- A Crónica

Segue o menu para os interessados em participar no Dia 7 da liga das ligas a realizar no dia 15 de Junho de 2011:

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Terrina de requeijão assado com duo de pimentos e alecrim

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Bife de atum em molho de alho, pudim de batata e frutos secos, cebola crocante

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Bochechas de porco bísaro em cama de Portobello

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Arroz doce queimado

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Data: 15 Junho 2011

Hora: 20h00

Preço: 30,00€

Crónica:

Desta feita a prova cega foi inútil. A diferença entre os vinhos era de tal ordem que pela primeira vez alguém acertou em todos os vinhos e mais, ninguém falhou! Notável a evolução dos convivas ...

Os jogadores e respectivos seleccionadores:

Clos Floridene 2008 (Bordéus) --- Alexandre Braga
Trittenheimer Apotheke Riesling Trocken 2008 (Mosel) --- Teresa Ferraz
Quinta do Pinto 2008 (Lisboa) --- Miguel Braga
Villa Maria Waldron Vineyard Chardonnay 2006 (Marlborough) --- Orlando Costa
Herdade dos Grous Reserva 2004 (Alentejo) --- Pedro Mota
Louis Latour Aloxe-Corton 2005 (Borgonha) --- Hildérico Coutinho
Sidónio de Sousa Garrafeira 2005 (Bairrada) --- Pedro Sousa
Krohn Colheita 1957 (Porto) --- Isabel Braga

Se na outra vez em que o florzinha nos tinha aparecido tinha tido uma alma caridosa a puxar por ele, desta vez ninguém lhe deu a mão e foi massacrado, algo que até é bem feito por se ter atrevido a aparecer tão pouco tempo depois (falha minha que só me lembrei tarde demais e ninguém precisa saber...)

Bela estreia da Teresa a trazer mais um belo Riesling, por quem já foi apanhada (bem-vinda ao clube!) e a impor-se sem dificuldade aos restantes brancos da noite, com as habituais notas petroladas mas já com algum mel que nos surpreendeu por ser tão novo. Tudo muito equilibrado e com boa profundidade de boca, longe no entanto de ser monstruoso.

O Quinta do Pinto impô-se ao Villa Maria e não me surpreendeu, pois apesar de ter uma lógica contrária à minha predilecção, consigo gostar muito dos vinhos deste produtor que privilegia a baixa acidez nos seus vinhos. Este em particular ainda tem muito para andar graças certamente às castas utilizadas na sua elaboração: Marsanne, Roussane e Viognier muito utilizadas e com provas dadas nos brancos do sul da parte norte das Côtes du Rhône.

Os brancos tiveram ainda o privilégio de acompanharem um dos melhores pratos elaborados pelo Chef Motinha que comi até hoje, um bife de atum ligeiramente marcado na companhia de um delicioso molho de alho e com um pudim de batata de ir às lágrimas. Fantástico!

Nos tintos algumas decepções e a vitória a caber com toda a justiça ao bairradino. O alentejano apresentou-se cansado, porventura da longa viagem que teve de fazer e o francês estava quase de certeza estragado, pois tenho a quase a certeza que o mofo deu-lhe!

Para acabar tínhamos felizmente um vinho fantástico para compensar a desastrada sobremesa. Este Krohn de 1957, uma das minhas casas preferidas no que aos tawnies diz respeito, foi engarrafado em 1987 e teve por isso mais 24 anos em garrafa. O que mais me surpreendeu neste vinho foi a ausência das notas típicas da evolução destes vinhos em garrafa, uma espécie de vinagrinho mofado que tinha acabado de experimentar na companhia do Dirk. Este, pelo contrário, era um perfeito 30 anos, com os melados untuosos, complexo e a apresentar ainda alguma frescura.

Mais uma vez o vinho da noite coube ao Porto e só demonstra que andamos demasiadas vezes a comprar vinho tranquilo por preços equivalentes aos melhores vinhos do Porto, pois eu pergunto, quantas vezes têm, ao beber esses vinhos, prazeres semelhantes ao que sentem ao beber estes vinhos fortificados com espíritos selvagens do Douro?



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