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Tempura de moiro com cebola roxa e maçã caramelizada
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Corvina com crosta de broa com azeitona e Brás de grelos
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Risotto de frutos silvestres com magret de pato
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Despedida de Verão com chocolate, gelados e frutas
Preço: 30,00 px
Data: 6 de Outubro de 2011
Hora: 20h00
A CRÓNICA:
Comecemos, como habitualmente, pela apresentação dos jogadores em prova e respectivos seleccionadores, pela ordem de serviço e da esquerda para a direita na fotografia:
Sigamos, como habitualmente, pela ordem de serviço e assim, como vem sendo habitual, tivemos o primeiro jogador do Alexandre, um agradável e consensual espumante rosé mas também consensual o exagerado preço a que é comercializado. De facto, pagar mais de vinte euros por este espumante é um atentado aos nossos depauperados bolsos. (7º lugar)
A seguir veio a primeira surpresa da noite, que foi servido às cegas, apenas conhecido por mim e descoberto apenas por quem mo ofereceu, o amigo Orlando, a quem agradeço eu e todos os que tiveram a hipótese de o beber, pois ninguém suspeitou tratar-se de um vinho da Ilha do Pico. A maioria apostava na Madeira como origem do vinho, mas a falta de acidez e mineralidade típica desses vinhos deixa-va-os na dúvida. De facto este vinho apresenta muitos dos aromas típicos dos vinhos madeirenses e com uma graduação natural de 18,5%, notável, consegue fazer-se passar por um sercial, por ser também muito seco, faltando de facto apenas a já referida acidez e mineralidade mais intensa e incisiva. É claramente o melhor vinho açoriano que provei até hoje e uma bela ligação com a tempura de moiro. (4º lugar)
Entraram de seguida os dois Chablis, uma região que já pertenceu a Champagne até ao Séc. XIII, não por acaso são os mais minerais da Borgonha e usualmente provocam-me alguma apreensão por apresentar aquilo que alguns designam como gosto de silex, mas neste caso iríamos beber um Premier Cru e um Grand Cru, que apesar de novinhos, deveriam apresentar uma qualidade acima de qualquer suspeita, mais ainda quando um deles é de uma mítica vinha, Les Clos, produzidos por uma das mais antigas famílias na região, instalados há quase 500 anos!
O primeiro, da vinha Mont de Millieu, considerada uma das melhores entre os Premier Cru, mostrou-se muito agradável mas algo curto e deixar um pouco de amargo de boca, não no sentido literal. (5º lugar)
O segundo, daquele que é considerado como o melhor dos sete Grand Cru de Chablis, e que este produtor trabalha há apenas 10 anos, mostrou ser de facto de outro campeonato, com uma madeira de uma qualidade notável e muito bem integrada, pecando no entanto, também este, por um final de boca menos profundo e persistente do esperado. Demasiado novo. (2º lugar)
Jogaram também muito bem com o prato de peixe que graças à broa e ao azeite aguentou bem o embate com estes monstros vestidos de branco.
Para acompanhar o risotto, de que gostei, mas que não foi consensual pela elevada acidez que apresentou e que poderá ter afectado este ou aquele vinho, foram bebidos em prova semi-cega (sabíamos quais os vinhos mas não a ordem) quatro vinhos e em que apenas o Orlando acertou em todos, tendo a Isael acertado em dois e os outros ficaram em branco. Miserável.
Começamos pelo S de Soberanas, que me enganou completamente e ainda por cima me desiludiu, pois tinha boas memórias dele. Além de não ter gostado do vinho, apresentou aromas vegetais que me levou a pensar tratar-se do bordalês. (9º lugar) Enganei-me mas não na qualidade do francês que ficou imediatamente a seguir na classificação e só não ficou em último por um lastimável ponto. (8º lugar)
Seguiu-se o americano, para mim o segundo melhor vinho da noite, de um produtor notável, Stephan Asseo, com herdades em Bordéus e em Paso Robles, Califórnia, onde faz este notávcel vinho, classificado com 94 pontos pelo Robert Parker e elaborado com 51% de Syrah, 44% de Cabernet Sauvignon e o restante de Petit Verdot. (3º lugar)
Para o fim ficou o Touriga-Chã, que se apresentou bem mas foi penalizado por aparecer depois do Optimus. Não deixa no entanto de ser um produtor a seguir com atenção, ou não tivesse ele a mão de um herdeiro de um dos mais famosos enólogos do Douro. Rosas de seu nome. (6º lugar)
Para o fim ficou, mais uma vez, o vencedor da noite, que entrou à socapa por necessidade de um vinho para a sobremesa, mas que saiu pela porta grande tal a qualidade apresentada. Não deixa de ser engraçado é ter quase a certeza, não é absoluta por não ter conseguido mais informação, por mais que escabulhasse a Net, de que este vinho se tratava de um vinho absolutamente banal quando foi lançado para o mercado, sabe-se lá quando, com rolha de rosca de metal, por um produtor espanhol de Jerez (conhecem o Tio Pepe?), que passou fugazmente pelo Porto, se é que pode dizer fugaz a algumas décadas de presença no nosso país, mas na história do vinho do Porto acho que foi mesmo fugaz, não acham? Impressionante a complexidade, força e acidez que apresentou e que tão bem combinou com a sobremesa para nos despedirmos do Verão. (1º lugar)
Na próxima quinta-feira, dia 20 de Outubro, iremos ao encontro do Outono e teremos um menu de caça para acompanhar o Dia XV da Ivy League. Abertas as inscrições a partir de agora. Despachem-se!
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