sexta-feira, 24 de junho de 2011

IVY LEAGUE - O DIA 8 - A Crónica



Para os interessados e já inscritos aqui vai o menu previsto para o dia 28 de Junho de 2011:

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Sopa fria de morango com pancetta crocante e quenelle de queijo

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Tulipa de parmesão com cuscuz e gambas

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Magret de pato com crostata de riso

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Tarte de gema com sorvete de citrinos


Data: 28 de Junho de 2011

Hora: 20h00

Local: Quo Vadis?


CRÓNICA:

Eis o que os treinadores resolveram trazer a jogo para esta jorna, pela ordem de prova:

- Filipa Pato 3B -- Brinde do Luís Império ou desculpa pelo atraso, mas seja como for podes continuar!
- Concha y Toro Amelia 2005 (Casablanca Valley) -- Orlando Costa
- Niepoort Redoma Reserva branco 2008 (Douro) -- André Antunes
- Niepoort Luz 2007 (Douro) -- Pedro Sousa
- G. Huet Le Haut Lieu Sec 1962 (Vouvray) -- Alexandre Braga
- Periquita Superyor 2008 (Terras do Sado) -- Miguel Braga
- Niepoort Charme 2006 (Douro) -- Luís Império
- Niepoort Spitzerberg 2007 (Carnuntum) -- Hildérico Coutinho
- Leitz Beerenauslese 2006 (Rheingau) -- Isabel Braga

Parecia a reunião dos fãs do Dirk Niepoort, tal a quantidade de vinhos com a sua assinatura. Bom, na verdade somos e não o queríamos confessar, mas isto não foi combinado e vem também demonstrar que os vinhos dele se bebem. Essa é a maior satisfação que o Jorge Moreira tem e tenho a certeza que o Dirk pensa do mesmo modo, que ficam felizes por ver as suas garrafas consumidas em vez se serem troféus em casa de coleccionadores.

Não foi contudo um vinho do Dirk que nos deixou desde logo com palpitações, mas sim um vinho especial e que por isso mesmo foi servido às claras e com todos os mimos, pena foi no entanto que tivesse tido a garrafa dias antes, pois fiquei com a quase certeza de que este era um vinho que merecia ter sido decantado por muitas e muitas horas e muito provavelmente dias! Falo-vos como muitos de vós já adivinharam, daquele vinho branco de 1962 (!!) de Vouvray, pequena região do Vale do Loire central, criada em 1936 e que apesar do tamanho alberga uma alargada variedade de estilos de vinho. O que nos calhou em sorte era seco e começou por apresentar aromas minerais intensos com um bocadinho de mel e na boca não desiludia nadinha. Com o tempo e maior temperatura, os aromas ficaram muito parecidos com os que se encontram num bom Sauternes e é por isso que desconfio que pode e deve ter decantações prolongadas. Por isso e por ter já bebido um Chenin Blanc de 1996 com uma decantação de 96 horas que estava fenomenal.

Depois do que foi dito creio que não será preciso dizer qual foi o MVP da jornada e só nos resta agradecer ao amigo Alexandre Braga esta generosidade imensa de partilhar estas delícias connosco.

Depois disto quase não apetece falar dos outros, mas como suponho que é mais provável que tenham em casa os outros vinhos aqui vão as nossas reacções sendo que pela segunda semana consecutiva ninguém se enganou no que estava a beber:

Dos restantes brancos alguma desilusão para o Luz, que com um nome desses também não podia ser grande coisa ... Apresentou aromas minerais e sabores metálicos ligeiros evidenciando uma não agradável evolução. Seria da armazenagem?

O Redoma mais uma vez desiludiu-me pessoalmente e não deixou ninguém excitado. Demasiado curto e pouco impacto inicial na boca para tantos e tão bons pergaminhos. Provei e apreciei bastante mais o 2009 que bebi recentemente.

O melhor foi mesmo o Amelia que apesar de já não se encontrar na sua melhor forma e ter sido algo pesado para alguns, a mim ainda me fascinam os aromas vegetais da azeitona misturado com frutas tropicais tipo manga. Na boca é gordo e pesado sim, mas com acidez suficiente para conseguir ser um elegante elefante numa loja de cristais.

Nos tintos a vitória coube ao Charme apesar de alguma oposição por parte do Ritzenberg, um vinho da casta Blaufraenkisch, elaborado ao estilo do Charme na região austríaca de Carnuntum pelo nosso Dirk. Como patinho feio ficou o Periquita, que como o nome sugere tem a casta Castelão como esqueleto e com uns toques de Cabernet Sauvignon e a Tinta Francisca do Douro que começa a dar sinais de ser coisa séria. Este vinho apresenta-se actualmente muit ofechado com alguns aromas químicos e que poderá virar um belo cisne, mas de momento a aposta é no mínimo arriscada.

Para acabar tivemos um sempre agradável riesling mas que desta vez nos deixou um pouco ... creio que estamos a ficar muito mal habituados!!!




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